domingo, 23 de fevereiro de 2014

Resumo - Filosofia - 2ª Série/EM






Introdução Aos Estudos Filosóficos
2ª Série / Ensino Médio

Mito e Filosofia
Mito: É uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas...). Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido, para ouvintes que recebem a narrativa como verdadeira porque confiam naquele que narra: é uma narrativa feita em público, baseada, portanto na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador.

Filosofia: - Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia entre os séculos VI e VII a. C. promovendo a passagem do saber mítico para o pensamento racional. Essa passagem ocorreu, no entanto, durante longo processo histórico, sem um rompimento brusco e imediato com as formas de conhecimentos utilizadas no passado. De fato, durante muito tempo os primeiros filósofos gregos compartilharam de crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracterizaria a filosofia. Essa transição do mito à razão “significa precisamente que já havia, de um lado, uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está incluído o poder do lendário”, conforme afirma Pierre Grimal. A força da mensagem dos mitos reside, portanto, na capacidade que eles têm de sensibilizar estruturas profundas, inconscientes, do psiquismo humano.

Etimologia
Filosofia – A palavra filosofia vem do grego (philos+sophia) que significa “amor à sabedoria” ou “amizade pelo saber”. Pitágoras (séc.VI. a.C.), filósofo matemático grego, teria sido o primeiro a usar o termo filosófico, por não se considerar um “sábio” (sophos), mas apenas alguém que ama e procura a sabedoria. (Marias, p.19)

Períodos da Filosofia

Pré-socrático (séc. VII e VI a. C.). Os primeiros filósofos ocupavam-se com questões cosmológicas, iniciando a separação entre filosofia e o pensamento mítico.
Socrático ou clássico (séc. V e IV a. C.). Ênfase nas questões antropológicas e maior sistematização do pensamento. Desse período fazem parte os sofistas, o próprio Sócrates, seu discípulo Platão e Aristóteles, discípulo de Platão. 
Pós-sócrates (séc. III e II a.C). Durante o helenismo, preponderou o interesse pela física e pela ética. Surgiram as correntes filosóficas do estoicismo (Zenão de Cítio), do hedonismo (Epicuro) e do ceticismo (Pirro de Élida). (Marias, p.40)

Periodização da História da Grécia Antiga
Civilização micênica (sécs. XX a XII a.C). Desenvolveu-se desde o início do segundo milênio a.C. Tem esse nome pela importância da cidade de Micenas, de onde, por volta de 1250 a.C., partiram Agamênon, Aquiles e Ulisses para sitiar e conquistar Tróia.
Tempos homéricos (sécs. XII a VIII a.C). Na transição de um mundo essencialmente rural, os senhores enriquecidos formam a aristocracia proprietária de terras, que fez recrudescer o sistema escravista. Nesse período teria vivido Homero (sécs. IX ou VIII a.C).
Período arcaico (sécs. VIII a VI a. C.). Com a formação das cidades-estados (póleis), ocorreram grandes alterações sociais e políticas, bem como o desenvolvimento do comércio e a expansão da colonização grega. No inicio desse período teria vivido Hesíodo. No final do século VII e durante o século VI a. C. surgiram os primeiros filósofos.
Período clássico (sécs. V e IV a.C.). Auge da civilização grega; na política, o apogeu da democracia ateniense; desenvolvimento das artes, literatura e Filosofia; época em que viveram os sofistas e os filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles.
Período helenístico (sécs. III e II a.C.). Decadência política, domínio macedônico e conquista da Grécia pelos romanos; culturalmente, significava influencia das civilizações orientais; florescimento das filosofias estoica e epicurista.  (Marias, p.37)

Períodos da História da Filosofia
Para trabalhar a questão de quando viveu um filósofo, deve ser considerada a sua posição na clássica divisão da História da Filosofia: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea. Além disso, mesmo respeitando essa tradição, convém considerar a especificidade de cada autor, evitando generalizações. Importa, aqui, levar em conta o contexto histórico-social em que viveu o pensador. É necessário, portanto possibilitar uma visão geral sobre cada uma dessas divisões, explicadas nas sínteses a seguir:
Filosofia Antiga: Trata-se do início da Filosofia (φ), da identificação de seus primeiros problemas. A φ Antiga abrange um período que vai do final do séc. VI a.C até o séc.VII d.C. Tendo como espaços iniciais as cidades-estados da Grécia, chamadas polis, seu desenvolvimento atingiu várias cidades do Império Romano, inclusiva no norte da África. Os escritos da época foram produzidos, e geral, em grego e latim, mas os espaços culturais onde φ Antiga se desenvolveu eram bastante heterogêneos. Muitos textos desses pensadores acabaram se perdendo, restando-nos apenas alguns livros e fragmentos.
Filosofia Medieval: A φ Medieval se desenvolveu no período que vai do século VIII ao séc. XIV. Seus espaços foram, principalmente, os mosteiros e ordens religiosas europeias, onde a Igreja Católica tinha hegemonia. Entretanto, houve manifestações filosóficas fora do mundo cristão, em especial no mundo árabe e judeu. A φ Medieval foi uma das responsáveis pela criação das universidades. Sua principal discussão: a relação entre a fé e razão, ou seja, a tentativa de separar o que pertenceria a Deus (teologia) e que pertenceria aos homens (filosofia).
Filosofia Moderna: Iniciada no séc. XIV, φ Moderna se estende ate o final do séc. XVIII, no continente europeu. Nessa época, a Europa foi palco do desenvolvimento do capitalismo, da formação dos Estados Nacionais, das grandes navegações e dos processos de colonização e formação dos impérios. A Igreja Católica dividiu a hegemonia com o protestantismo e com as ideias que incentivavam a liberdade do homem frente à religião. Sua s pela criação das universidades. Sua principal discussão: a relação entre a fé e razão, ou seja, a tentativa de separar o que pertenceria a Deus (teologia) e que pertenceria aos homens (filosofia).
Filosofia Contemporânea: A φ Contemporânea se estende do final do séc. XVIII até os nossos dias. É possível dizer que seus problemas inspiram-se na Revolução Francesa e na revolução Industrial, com a crescente desumanização do processo social de produção.

Apresentando à Filosofia

“Das duas uma: deve-se filosofar ou não se deve filosofar; mas, para negar a necessidade do filosofar é, ainda assim, preciso filosofar”. (Aristóteles, Protréptico)
Ao iniciarmos o estudo da filosofia, nos colocamos algumas perguntas básicas: o que é filosofia? Que assunto estuda? Para que serve? Qual a sua história? Qual sua relação com os demais campos do conhecimento?
O que é a filosofia? Para entender o que é a filosofia, não basta saber sua definição, é preciso praticá-la. Nenhuma outra forma de conhecimento pode ser identificado com a Filosofia.
Filósofo = amante da sabedoria A filosofia não é propriamente um saber, é sabedoria. A filosofia não fornece respostas prontas, mas indica caminhos para a solução dos problemas. O filósofo procura sempre à raiz última do problema. Para isso, eleva aos limites extremos os potenciais da razão humana. A filosofia auxilia o homem a se libertar das amarras do conhecimento imposto, dos preconceitos, das armadilhas ideológicas, da visão mesquinha do mundo. “A filosofia é um meio de libertação do homem, enquanto possibilita o livre pensar”. (Karl Jaspers)
As disciplinas filosóficas
 Desde seu surgimento na Grécia Antiga, em torno do século VI a. C., a filosofia foi ampliando os temas de suas reflexões até alcançar a vastidão que tem hoje. O surgimento de vários campos da filosofia obedeceu, e ainda obedecem, às exigências do pensamento humano, suas necessidades e crises ao longo da história, pois, se a filosofia é crítica sobre a vida, ela vai repensar exatamente aquelas questões que incomodam em cada momento da história humana.
Principais disciplinas filosóficas ou campos de estudo:
a) Metafísica (ontologia) – reflete sobre o SER. Estuda o ser em geral, quando tenta buscar o que as coisas são. O que é o ser? Quando estuda o ser em particular, dedica-se ao estudo racional da alma, do mundo (cosmologia) ou de Deus (teodiceia). Alguns autores chegam a diferenciar metafísica de ontologia: enquanto a metafísica estuda o ser em geral, a ontologia estuda o ser a partir da consciência do indivíduo, ou seja, busca o significado do ser a partir da experiência concreta do homem.
 b) Lógica – estuda as regras do bom raciocínio. A correspondência entre o raciocínio e a realidade. Modernamente desenvolveram-se a lógica dialética e a lógica matemática.
c) Teoria do Conhecimento – tem por objeto o conhecimento em geral (a possibilidade de conhecer, a origem, a essência do conhecimento e a natureza da verdade). d) Cosmologia – reflete sobre a natureza do mundo físico (sua origem, constituição, o que é tempo e espaço, etc).
e) Filosofia Moral – tem como objeto todos os aspectos relacionados ao agir humano. Reflete sobre o que é o bem e o mal, sobre o fim da conduta humana, sobre o modo como os homens se comportam e sobre os pressupostos necessários à ocorrência de um ato moral (liberdade, consciência e norma).
f) Antropologia Filosófica – procura responder à pergunta: quem pé o homem. Tenta responder aos diversos aspectos da natureza humana ou do comportamento humano: a racionalidade, a linguagem, a dimensão física, o espírito, a sociabilidade, a religiosidade, a dimensão econômica, a historicidade, a angústia, etc.
g) Filosofia Política - reflete sobre a necessidade, os fundamentos e a legitimidade da constituição do poder público.
 h) Filosofia da Linguagem – pensa os mais variados problemas relativos à linguagem: sua origem, as condições necessárias à linguagem humana, suas funções e suas relações com o pensamento. i) Filosofia da história – pensa sobre a historicidade do ser humano, o sentido e a direção da história, a natureza e o significado do tempo, enquanto pressuposto da história.
j) Estética – reflete sobre o belo em geral, tanto o belo produzido pelo homem, quanto o belo natural.
k) Filosofia da Religião – procura caracterizar o sentimento de religiosidade do homem, a origem da religião, suas funções e suas relações com as outras dimensões das experiências individuais e culturais humanas.
l) Filosofia da Ciência – investiga os fundamentos das ciências, a natureza e os limites do conhecimento científico, seus métodos, sua natureza e os limites do conhecimento científico.
m) Filosofia da Educação – pensa sobre o sentido da atividade educativa, a natureza do educando e os alcances dos métodos desenvolvidos pela pedagogia. Estas são as algumas disciplinas filosóficas. Há ainda outros campos, na medida em que a filosofia pode tomar como objeto de pesquisa qualquer parte da realidade, quer em seu aspecto concreto, quer em seu aspecto abstrato. Assim, num certo sentido, podemos dizer que “tudo passa pela filosofia”.
Para que serve à Filosofia? Vivemos em uma sociedade cuja mentalidade é fortemente utilitarista. O utilitarismo, parente do pragmatismo, consiste na idéia de que algo só merece ser levado a sério caso venha a dar resultados práticos imediatos. A interioridade e a espiritualidade são menosprezadas e, com elas, tudo o que diga respeito à valorização de si mesmo, como um ser vocacionado para algo mais que um simples transitar pelo mundo, movido somente pelo objetivo de desfrutar de todos os bens materiais que este possa lhe proporcionar. Algumas atitudes de quem se comporta levado pela mentalidade utilitarista: estuda somente para obter um diploma e ganhar dinheiro; aceita uma religião só porque esta é capaz de lhe trazer certas vantagens, como por exemplo: curas; tem amizades, na medida em que os amigos lhe possam ser úteis; aceita a pesquisa científica, enquanto esta lhe traz certos benefícios. Vê o mundo com os olhos do Tio Patinhas: dá dinheiro ou é imediatamente prático, então vale a pena, caso contrário, não. Vista sob este ângulo, a filosofia pode ser considerada inútil, pois não descobre remédios, não planeja formas de ganhar dinheiro, não serve para fabricar máquinas ou coisas parecidas. Pelo contrário, neste sentido, a filosofia é até mesmo perigosa, já que pode despertar para uma visão das coisas em que a noção do útil vem a se alterar e os valores materiais, ao invés de valores perenes, passam a ser considerados como valores relativos e dependentes de outros como os valores intelectuais, éticos, espirituais, etc. Quatro histórias para debate a) A raposa e as uvas b) O sábio e o rico c) A roupa nova do rei d) As botas do camponês As histórias mostram que a filosofia é um pensar coerente, pois faz emprego de recursos do raciocínio lógico, profundo, enquanto vai até as raízes dos problemas, não permanecendo na superfície (o contrário do achismo) e abrangente, já que procura abordar as questões tendo presente o contexto em que estas se encontram e a multiplicidade de respostas possíveis. Enfim, procura não somente explicar as coisas, mas também em buscar o sentido que elas possam ter para a existência humana.

A VISÃO MITOLÓGICA DO MUNDO
Vimos que a filosofia é uma forma nova de explicar o mundo, surgida na Grécia por volta do século VI a.C. Isso posto, a pergunta que se faz agora é a seguinte: como o mundo era entendido antes da filosofia? Os seres humanos sempre se questionaram e procuraram uma forma de explicar o surgimento do universo, bem como a posição que têm diante do mundo. Antes da filosofia tais explicações eram dadas através dos mitos. A palavra mito vem do grego mythos e significa narrativa, discurso, ação de recitar, mensagem, anúncio. Os gregos antigos tentavam explicar a existência do mundo através de mitos e de seres sobrenaturais, criando, assim, uma das mitologias mais ricas da humanidade. A primeira característica do mito é a de se apresentar como narrativa, fala, história. Relata grandes eventos, grandes feitos dos antepassados, dos deuses, dos heróis. E, ao ser contado, merece a adesão daqueles que o ouvem: é verdadeiro e deve ser aceito como tal. Distingue-se da lenda, considerada uma narrativa não verídica. Para nós que vivemos fora do contexto daquela sociedade onde o mito é apresentado, consideramos como lendas, porque, para nós apesar de interessantes, aos nossos olhos parecem apenas histórias fantásticas. No entanto, para os membros daquele grupo, os mitos não só são histórias que relatam fatos reais como também são histórias sagradas, pois, não se referem a pessoas ou fatos comuns, mas a entidades ou acontecimentos especiais, responsáveis pela existência e manutenção das coisas, favoráveis ou não. Visões míticas existiam no mundo todo, muito antes de os filósofos começarem a questioná-las. Na Grécia, por volta de 700 a.C., Homero e Hesíodo registraram por escrito boa parte do tesouro da mitologia grega. Tal fato levou a uma situação inédita: uma vez colocados no papel, já se podia discutir sobre eles. Os primeiros filósofos gregos criticaram a mitologia descrita por Homero, porque para eles os deuses ali representados tinham muitas semelhanças com os homens. De fato, eles eram exatamente tão egoístas e traiçoeiros como qualquer um de nós. Pela primeira vez na história da humanidade foi dito claramente que os mitos talvez não passassem de frutos da imaginação do homem. Um exemplo dessa crítica aos mitos pode ser encontrado no filósofo Xenófanes, nascido por volta de 570 a.C. Para ele, as pessoas teriam criado os deuses `a sua imagem e semelhança: " Os mortais acreditam que os deuses nascem, falam e se vestem de forma semelhante à sua própria...Os etíopes imaginam seus deuses pretos e de nariz achatado; os tracianos, ao contrário, os veem ruivos e de olhos azuis...Se as vacas, cavalos ou leões tivessem mãos, eles criariam e representariam suas divindades à sua imagem e semelhança: os deuses dos cavalos teriam feições equinas, os das vacas se pareceriam com elas, e assim por diante".

O princípio de todas as coisas - Os pré-socráticos

Os primeiros pensadores centraram a atenção na natureza e elaboraram diversas concepções cosmológicas. Note que dizemos cosmologia, conceito que se contrapõe à cosmogonia de Hesíodo. Enquanto no período mítico a cosmogonia relata o principio como origem no tempo (o nascimento dos deuses), as cosmologias dos pré-socráticos procuraram a racionalidade constitutiva do Universo.
Todos eles procuraram explicar como, diante da mudança (do devir), podemos encontrar a estabilidade; como, diante do múltiplo, descobrimos o uno. Ao perguntarem como seria possível emergir o cosmo do caos – ou seja, como da confusão inicial surge o mundo ordenado –, os pré-socráticos buscam o princípio (em grego, a arkhé) de todas as coisas, entendido não como aquilo que antecede no tempo, mas como fundamento do ser. Buscar a arkhé é explicar qual é o elemento constitutivo de todas as coisas.
As respostas dos filósofos à questão do fundamento das coisas, da unidade que pode explicar a multiplicidade, são as mais variadas.

Para Tales de Mileto (640-c.548 a.C.), astrônomo, matemático e primeiro filósofo, a arkhé é a água.
De acordo com Pitágoras (séc. VI a.C), filósofo e matemático, o número é a essência de tudo; todo cosmo é harmonia, porque é ordenado pelos números.
Para Anaximandro (610-547 a.C.), o fundamento dos seres é uma matéria indeterminada, ilimitada (ápeiron, em grego), que daria origem a todos os seres materiais.
Para Anaxímenes (588-524 a.C.), é o ar, que rarefação e condensação faz nascer e transformar todas as coisas.
Parmênides de Eleia (c.544-450 a. C.) e Heráclito de Éfeso (sécs. VI-V a.C), desenvolveram teorias que entraram em conflito e instigaram os filósofos do período clássico. Enquanto para Parmênides o ser real é imóvel, imutável e o movimento é uma ilusão, para Heráclito tudo flui e tudo o que é fixo é ilusão: “não nos banhamos duas vezes no mesmo rio.”
Anaxágoras (499-428 a.C.), nascido em Clazômena, mudou-se para Atenas, onde foi mestre de Péricles. Sustentava que as “sementes” de todas as coisas foram ordenadas por um princípio inteligente, uma Inteligência cósmica (Nous, em grego).
Empédocles defendia os 4 elementos. (483-430 a. C.). Os quatro elementos, terra, água, ar, e fogo constituía sua teoria filosófica.
Os filósofos Leucipo (séc. V a.C.) e Demócrito (c.460-c.370 a. C.) são atomistas, por considerarem o elemento primordial constituído por átomos, partículas indivisíveis. Como para eles também a alma era formada por átomos, estamos diante de uma concepção materialista e determinista.  (Marias, p.40 e 41).

O MITO DA CAVERNA
Platão criou uma alegoria, conhecida como mito da caverna, que serve para explicar a evolução do processo de conhecimento.
Segundo ele, a maioria dos seres humanos se encontra como prisioneira de uma caverna, permanecendo de costas para a abertura luminosa e de frente para a parede escura do fundo. Devido a uma luz que entra na caverna, o prisioneiro contempla na parede do fundo as projeções dos seres que compõem a realidade. Acostumado a ver somente essas projeções, assume a ilusão do que vê as sombras do real, como se fosse a verdadeira realidade.
Se escapasse da caverna e alcançasse o mundo luminoso da realidade, ficaria livre da ilusão. Mas, estando acostumado às sombras, às ilusões, teria de habituar os olhos à visão do real: primeiro olharia as estrelas da noite, depois as imagens das coisas refletidas nas águas tranqüilas, até que pudesse encarar diretamente o Sol e enxergar a fonte de toda a luminosidade.

Em síntese – Ética: Uma investigação e reflexão sobre e agir humano e seu valor; definição do bom e do mal segundo as circunstâncias; reflexão sobre a ação.
Moral: Define o Bom e o Mau antes das ações, possui princípios ideais. Aprende-se nas religiões, nas leis ou em outros.


Fontes:
HRYNIEWICZ, Severo. Para filosofar hoje. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2008.
VASCONCELOS, Ana. Manual compacto de filosofia. São Paulo: Rideel, 2010.
GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
Currículo do Estado de São Paulo – Caderno do Professor/14
FILOSOFANDO. INTRODUÇÃO À FILOSOFIA. EDITORA MODERNA. MARIA LUCIADE ARRUDA ARANHA.

Os Fundamentos da Filosofia - Gilberto Cotrim 



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