sábado, 8 de março de 2014

Texto 1 - Introdução à Sociologia

EM - 3 Série



A Sociologia é a ciência que estuda o homem em grupo/sociedade. Surgiu no século XVIII – XIX, com Augusto Comte, criador do Positivismo e pai da Sociologia. Comte no seu Curso de Filosofia Positiva tratou a analise da sociedade por meio da observação de Física Social. Física Social é o estudo da natureza da Sociedade. Para tanto, a física social de Comte designa o que conhecemos hoje de Sociologia.

            Para ele à Metafísica (Meta=além, Physis/Física=Natureza – Filosofia) e à Teologia (Téo=Deus, Logos/Logia=Estudo), são estados de conhecimento que toda e qualquer sociedade tem nas suas raízes históricas. Entretanto, esses conhecimentos são abstratos, e a análise é abstrata conceitual, pois passa por um ramo a base do mito, da fé e da aceitação, bem como na especulação e no ponto de partida do senso comum. Esses estados de conhecimento são processo de uma evolução na sociedade, porém não servem de base para um conhecimento real e seguro da sociedade.

            Assim, Comte enfatiza o positivismo como o estado perfeito que à sociedade chegou por meio dessa evolução do conhecimento. A ciência é aquela que pode garantir uma episteme prescritiva, observativa, clara, objetiva, precisa, real e segura da sociedade.
             Comte demonstrou um método possível de estudar a sociedade; porém, a sociologia ganhou status cientifico com Emile Durkheim. Segundo Durkheim à sociedade pode ser estudada a partir dos seus Fatos Sociais.

- fato social: é tudo aquilo que acontece independente do sujeito. O mundo decompõe-se em fatos.
- fenômeno: é aquilo que se manifesta à luz; e pode ser percebido.
- historicidade: é a tentativa de interpretação dos fatos.

Para Durkheim, os fatos sociais são os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora existam na mente do individuo, são exteriores a ele e exercem sobre ele um poder coercitivo. Resumindo, podemos dizer que os fatos sociais têm as seguintes características:
Generalidade – o fato social é comum aos membros de um grupo;
Exterioridade – o fato social é externo ao individuo e existe independentemente de sua vontade;
Coercitividade – os indivíduos vêem-se obrigados a seguir o comportamento estabelecido.
Em virtude dessas características, para o Durkheim os fatos sociais podem ser estudados objetivamente como “coisas” como a biologia e a física. Estuda os fatos da natureza a sociologia pode fazer o mesmo com os fatos sociais.

            O que são Ciências Sociais?

Ciências Sociais é um ramo da ciência, distinto das humanidades, que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. ...

            Quais são as Ciências Sociais?

          Ciências Sociais é um ramo da ciência, distinto das humanidades, que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui antropologia, biblioteconomia, estudos da comunicação, economia, marketing ,administração, arqueologia, contabilidade, geografia humana, história, linguística, ciência política, estatística, psicologia social, direito, filosofia social e sociologia.

Ciências sociais é um ramo da ciência que estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a vida social de indivíduos e grupos humanos. Isso inclui Antropologia, Estudos da comunicação, Economia, Administração, Arqueologia, Contabilidade, Geografia humana, História, Linguística, Ciência política, Estatística, Psicologia social, Direito e Sociologia. (wikipédia.1)

De que se ocupam as Ciências Sociais? Cabe às Ciências Sociais pesquisar e estudar o comportamento social humano e suas várias formas de organização.  As Ciências Sociais são o estudo sistemático do comportamento social do homem.

Objeto de Estudo das Ciências Sociais – é o compartilhamento social humano.
Objetivo das Ciências Sociais – é aumentar o máximo possível o conhecimento sobre o homem e a sociedade, por meio de investigação cientifica.

 Com o avanço do conhecimento tornou-se necessária a divisão das Ciências Sociais e diversas disciplinas, para facilitar a sistematização do estudo e das pesquisas.

  • Sociologia – estuda as relações sociais e as formas de associação, considerando as interações que ocorrem na vida e em sociedade. A sociologia abrange, portanto, o estudo dos grupos sociais; da divisão da sociedade em camadas; da mobilidade social; dos processos de corporação, competição e conflito na sociedade; etc.
  • Economia – estuda as atividades humanas ligadas a produção, circulação e distribuição e consumo de bens e serviços. 
  • Antropologia – estuda e pesquisa as semelhanças e diferenças culturais entre os vários agrupamentos humanos, assim como a origem e a evolução das culturas.
  • Ciência Política – estuda a distribuição de pode na sociedade, bem como a formação e desenvolvimento das diversas formas de governo.
  • Não existe uma divisão nítida entre essas disciplinas. Embora cada uma se ocupe preferencialmente de um aspecto da realidade social, elas complementam umas as outras e atuam freqüentemente juntas para explicar os complexos fenômenos da vida em sociedade.
  • Em Síntese – As Ciências Sociais cumprem, portanto, um papel fundamental num mundo de mudanças e agitações sociais. Elas nos permitem entender melhor a sociedade em que vivemos e compreender os fatos sociais que nos rodeiam.

    Estranhamento e Desnaturalização da Realidade – Senso Comum

    Isolamento Social: é a atitude de viver fora do convívio social humano. O indivíduo criado fora da convivência humana não se torna humano. Há absoluta necessidade do grupo para que o comportamento humano se desenvolva. Na verdade, é impossível uma criança sobreviver como um ser humano em completo e permanente isolamento social.
                Aristóteles tinha razão ao afirmar: “O homem é por natureza um animal racional.” A vida em grupo é uma exigência da natureza humana. O homem tem necessidade dos seus semelhantes para sobreviver, para propagar e perpetuar a espécie e para realizar-se plenamente como pessoa.
    Exemplo: Amala e Kamala, O menino Lobo, Kaspar Hauser, Capitão Nemo.
    Contatos Sociais
                O contato social é à base da vida social. É o passo inicial para que ocorra qualquer associação humana. Os contatos sociais podem ser:

    Primários – são os contatos pessoais, diretos, face a face, e que têm uma base emocional, pois as pessoas neles envolvidas compartilham suas experiências individuais. São exemplos característicos de contatos sociais primários os que ocorrem na família entre pais e filhos, entre irmãos, entre marido e mulher, entre amigos. As primeiras experiências dos indivíduos se fazem com base em contatos face a face, como na família, nos grupos de brinquedo, no colégio, nos clubes etc.
    Secundários – são os contatos impessoais, calculados, formais; são mais um meio para atingir um determinado fim. Por exemplo, o contato do passageiro com o cobrador do ônibus, apenas para pagar a passagem; ou o contato do cliente com o caixa do banco ao descontar um cheque. São também considerados contatos secundários os contatos mantidos através de missiva, áudio falante, telegrama, etc.
  •  Processos Sociais:
  • Contatos sociais - É o primeiro passo para qualquer associação humana, pois a convivência humana pressupõe uma variedade de formas de contato. É a base da vida social. Dois tipos: Primários - Contatos pessoais diretos. Forte base emocional. Ex.:família, vizinhos, escola, clube. Secundários - São os contatos impessoais, calculados e formais. Contexto: Ex.: Industrialização / urbanização predomina contatos secundários. Proximidade física não significa necessariamente proximidade afetiva. Isolamento social - caracterizado pela ausência dos contatos sociais ( atitudes de ordem social e atitudes de ordem individual ). Obs: o existem várias formas de convívio social, pois cada cultura, cada sociedade, tem suas regra particulares. 3. Interação social O simples contato não é suficiente para que haja interação social. É preciso que haja mudança do comportamento dos indivíduos envolvidos como resultado do contato e da comunicação que se estabelece. * A interação social supõe, assim, a existência de reciprocidade nas ações entre indivíduos. Entretanto, com a informática existem novos tipos de contato social através da interatividade. Entende-se por interatividade a troca simultânea de informações e o acesso imediato a qualquer parte do mundo. Pessoa è pessoa Pessoa è grupo Grupo è grupo Relação Social Dá se o nome de relação social as diferentes formas da interação social . Relação econômica, relação pedagógica,relação familiar. 4. Processos Sociais Diversas maneiras pelas quais os indivíduos e os grupos atuam uns com os outros. A forma como os indivíduos se relacionam e estabelecem relações sociais. Processos sociais - são diferentes formas de interação entre os indivíduos. Ação entre dois ou mais agentes contribuindo para aproximá-los ou afastá-los. Classificação: Associativos, coesivos ou positivos ( cooperação, acomodação e assimilação) *cooperação direta – indivíduos trabalham juntos, ações coletivas. Ex.: mutirão. *cooperação indireta – pessoas realizam trabalhos diferentes – relação de complementariedade Dissociativos, disjuntivos ou negativos ( competição e conflito) * competição é regulada por normas, pode ser direta ou indireta, pessoal ou impessoal, e tende a excluir a violência e o uso da força. * Conflito - quando a competição assume características de elevada tensão social, sobrevém o conflito. Tipos de conflitos: étnicos, terra, religiosos , políticos. 5. Acomodação É o processo social em que o indivíduo, grupos ou categorias em interação não compartilham metas, crenças, atitudes e padrões de comportamento, mas convivem pacificamente. Para evitar o conflito as categorias sociais minoritárias simulam um comportamento que não corresponde ao seu acervo sociocultural. Não há uma transformação de pensamento, sentimentos e atitudes. Mudanças são exteriores, manifestam apenas enquanto comportamento social. Ajustamento de indivíduos ou grupos apenas nos aspectos externos do seu comportamento. “ nem todo conflito termina com a extinção do oponente derrotado. Em alguns casos, este pode aceitar as condições impostas pelo vencedor para fugir à ameaça de destruição. Ex.: escravização dos povos vencidos, quando alguém segue uma lei , mas não concorda com ela... 6. Assimilação É o processo através do qual indivíduos, grupos ou categorias de culturas diferentes permutam os seus respectivos acervos/bagagem culturais. EX: Miscigenação. Conversão Implica transformações internas nos indivíduos. Envolvem mudanças na maneira de pensar, de sentir e agir.

  • Processo é o nome que se dá à continua mudança de alguma coisa em uma direção definida. Processo social indica interação social, movimento, mudança. Os processos sociais são as diversas maneiras pelas quais os indivíduos e os grupos atuam uns sobre os outros – isto é, de que forma eles se relacionam, estabelecendo relações.

  • Qualquer mudança proveniente dos contatos e da interação social entre os membros de uma sociedade constitui, portanto, um processo social.

  • Processos Sociais:
    Associativos – cooperação, acomodação, assimilação;
    Dissociativos – competição e conflito;
    No grupo social ou na sociedade como um todo; os indivíduos e os grupos se reúnem e se separam, se associam e se dissociam. Assim, os processos sociais podem ser associativos e dissociativos.

    Grupo social é a reunião de duas ou mais pessoas, associadas pela interação, e, por isso, capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum.
    O indivíduo, ao longo de sua vida, participa de vários grupos sociais. Os principais são:
    Grupo familial – família
    Grupo vicinal – vizinhança
    Grupo educativo – escola
    Grupo religioso – Igreja
    Grupo de lazer – clube, associação;
    Grupo profissional – empresa
    Grupo político – Estado, partidos políticos.


    CULTURA – II

    Cultura – é todo conhecimento que é passado de geração a geração. Exemplo: Santo Dumont com seu projeto de um avião. Conjunto das práticas, línguas, símbolos, crenças, valores, idéias e objetos que os grupos desenvolvem ao longo do tempo para viver em sociedade.

    Cultura Material: todas as ferramentas e técnicas (tecnologias) que uma sociedade desenvolve para que seus membros desempenhem suas tarefas.
    Cultura Não-Material: criações simbólicas, crenças, normas criadas pelas sociedades e transmitidas através das gerações (tradição).
    Símbolos: objetos cujo significado foi convencionado.
    Signos: representações que pretendem dizer outra coisa.
    Linguagem: o mais importante sistema de símbolos utilizado para a comunicação.
    Gestos: movimentos do corpo com significados sociais convencionados.
  • Valores: crenças fundamentais sobre o que é aceitável ou inaceitável, bom ou mau, desejável ou indesejável.
  • Normas: Convenções a respeito de comportamentos sobre a maneira de agir.
    Costumes: comportamentos que tratam de padrões morais, tais como roubar, enganar, mentir.
    Tradições: menos significativas (ex.: não usar gravata no teatro).
    Leis: normas estabelecidas e impostas pelo poder político da sociedade.

    Conhecimentos e crenças: conhecimentos são as conclusões baseadas em alguma avaliação de evidencia empírica; crenças, as conclusões sem o adequado apoio empírico.

    Cultura ideal e real

    As normas determinam os comportamentos ao definir maneiras de agir culturalmente estabelecidas.
    As pessoas nem sempre se comportam conforme o esperado.
    Normas não devem ser confundidas com comportamento.

    Diversidade Cultural – Diversidade entre sociedades:

    As sociedades desenvolvem diferentes valores, crenças, costumes e normas, isto é, formas de cultura (material e não material), para desempenhar tarefas e dar sentido a sua existência.

    Diversidade dentro de uma sociedade

    Subcultura: cada grupo social (jovens, grupos étnicos, classes sociais, profissões, etc.), tende a desenvolver um estilo de vida distinto dentro da sociedade.
    Contracultura: grupos marginalizados ou em conflito com os grupos dominantes desenvolvem comportamentos contrários à cultura dominante.
    Cultura de Massa: valores, práticas, objetos produzidos e difundidos pelos meios de comunicação de massa (empresas de comunicação, órgãos governamentais); é consumida por todos os grupos sociais.
    Cultura Popular: valores, práticas, objetos produzidos por grupos sociais tradicionais (populações rurais, trabalhadores urbanos.)
    Cultura Erudita: produzida e consumida pelas elites sociais, econômicas e culturais de uma sociedade.
    Relativismo Cultural: nenhuma prática cultural é inerentemente boa ou má; cada uma é entendida de acordo com seu lugar em uma configuração cultural mais ampla.
    Etnocentrismo: oposto ao relativismo cultural, é a tendência de ver a própria cultura como moralmente superior a outras e de julgar outras culturas pelos padrões da sua.
    Multiculturalismo: corrente de idéias que defende que os agentes de socialização secundária (escola e meios de comunicação) deveriam refletir a diversidade étnica e cultural e a equivalência de todas as manifestações culturais de uma sociedade.

  •   SOCIALIZAÇÃO

                Processo pelo qual os indivíduos aprendem sua cultura, adotando e ou / abandonando uma série de papéis e tomando consciência de si próprios enquanto interagem com os outros.

    Socialização Primária: aquisição de habilidades básicas necessárias para viver em sociedade na infância. A família é o principal agente da socialização primária.
    Socialização Secundária: ocorre fora da família; seus principais agentes são a escola e os grupos primários.
    Sigmund Freud (185 – 1939): a socialização é sempre problemática, pois o ego se desenvolve mediante a negação dos desejos ilimitados do id em confronto com o superego. Os indivíduos socialmente bem ajustados são aqueles capazes de equilibrar as demandas sempre conflitantes do id em face das restrições impostas pelo superego.
    Id: constitui o motor do pensamento e do comportamento. Contém os pensamentos e desejos de recompensa mais primitivos, os instintos básicos como sexo, comida, etc.
    Superego: é a censura das pulsões que a sociedade e a cultura impõem ao id, impedindo-o de satisfazer plenamente seus instintos e desejos.
    Ego: permanece entre ambos, alterando as necessidades primitivas e as crenças éticas e morais. É a instancia em que se inclui a consciência.

    Principais agentes de socialização:
    Família
    Escola
    Grupos primários
    Meios de comunicação

      Todas as pessoas têm cultura?

                Cultura em linha geral é todo conhecimento (agir) humano que é passado de geração a geração.
    A cultura é “a vida total de um povo, a herança social que o individuo adquire de seu grupo. Ou pode ser considerada a parte do ambiente que o próprio homem criou.” (Clyde Kluckhohn, Antropologia – um espelho para o homem, p.28)

    O grande antropólogo Malinovski ensina que a cultura compreende “artefatos, bens, processos técnicos, idéias, hábitos e valores herdados.”.
    A aquisição e a perpetuação da cultura é um processo social – e não biológico – resultante da aprendizagem. Cada sociedade transmite às novas gerações o patrimônio cultural que recebeu de seus antepassados. Por isso, a cultura é também chamada de herança social.

  • O homem, um ser cultural. 

  • Cultura é o conjunto de todas as atividades humanas, inclusive daquelas condenáveis. É o conjunto de todas as coisas que os homens fazem de si mesmos e de seu mundo, e o que eles pensam e falam a esse respeito. Eles a produzem enquanto acrescentam algo à natureza, através da palavra, do trabalho, das artes, da moral, das crenças, do conhecimento, dos instrumentos, etc.
    Somente o homem, enquanto dotado de inteligência abstrata e intencionalidade, é capaz de produzir cultura. Cada povo produz sua cultura. A cultura não é uma dádiva da natureza, mas conquista de um povo. Sem o meio social, onde nasce a cultura, o homem não se humaniza. Entre o indivíduo e a cultura se estabelece uma relação de troca: ele contribui para moldá-la e ela o influencia.

        CIDADANIA – III

    A palavra cidadania deriva do latim civis (o ser humano livre), que gerou civitas (cidadania).

    Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive. O conceito de cidadania sempre esteve fortemente "ligado" à noção de direitos, especialmente os direitos políticos, que permitem ao indivíduo intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a um cargo público (indireto). No entanto, dentro de uma democracia, a própria definição de Direito, pressupõe a contrapartida de deveres, uma vez que em uma coletividade os direitos de um indivíduo são garantidos a partir do cumprimento dos deveres dos demais componentes da sociedade - Cidadania, direitos e deveres. Wikipédia, a enciclopédia livre.

    A história do desenvolvimento da cidadania moderna remonta ao Iluminismo e está relacionada à conquista de quatro tipos de direitos:

    Ø  Os Direitos Civis – no século XVIII;

    Ø  Os Direitos Políticos e Sociais – no século XIX (cuja luta perdurou até o século XX);

    Ø  Os Direitos Humanos – no século XX.

    Os filósofos iluministas, destacando-se entre eles John Locke, Voltaire e Jean – Jacques Rousseau, lançaram as bases para a percepção moderna da relação entre Estado e indivíduos, agora não mais uma relação entre súditos e soberanos absolutos, mas entre indivíduos dotados de razão que possuem “direitos naturais” – direitos que são do próprio homem, ou seja, com os quais os homens nascem – como à vida, à liberdade, e a  propriedade. Abre-se espaço, assim, para o nascimento do Estado de Direito.

    John Locke (1632 – 1704): defendia que todos os homens são iguais, independentes e governados pela razão. No estado natural, teriam como destino preservar a paz e a humanidade, evitando ferir os direitos dos outros, inclusive o direito à propriedade, considerado por Locke um dos direitos naturais do homem. Para evitar que alguns tirassem vantagens para si próprios, ou para os amigos, entrando em conflito, os homens teriam abandonado o estado natural e criado um contrato social entre homens igualmente livres;

    Voltaire ( 1664 – 1778): defendia a liberdade de expressão, associação e de opção religiosa, criticando o poder da Igreja Católica e sua interferência no sistema político. Foi um crítico do Absolutismo e das instituições políticas da Monarquia, defendendo o livre comércio contra o controle do Estado na economia;

    Rousseau (1712 – 1778): defendia a liberdade como o bem supremo, entendida por ele como um direito e um dever do homem. Renunciar à liberdade é renunciar à própria humanidade. Para que o homem possa viver em sociedade, sem renunciar à liberdade, ou seja, obedecendo apenas a si mesmo e permanecendo livre, é estabelecido um Contrato Social em que a autoridade é a expressão da vontade geral, expressão de corpo moral coletivo dos cidadãos. Desse modo, o homem adquire liberdade obedecendo às leis que prescreve párea si mesmo.
                Essas idéias foram muito importantes para o desenvolvimento do que hoje entendemos por cidadania. A base para a concepção de cidadania é a noção de Direito. Mas que direitos são esses? Hoje falamos em direitos “civis”, “políticos”, “sociais’, e “humanos”, mas a definição clara do que seria cada um deles e a quem seriam aplicados nem sempre foi definitivamente estabelecida e ainda é fonte de intensos debates. 

    Qual a diferença então dos quatro tipos de direitos conquistados?

    Ø  Direito Civis – dizem respeito à liberdade dos indivíduos e se baseiam na experiência da justiça e das leis. Referem-se à garantia de ir e vir, de escolher o trabalho, de se manifestar, de se organizar, de ter respeitada a inviolabilidade do lar e da correspondência, de não ser preso e não sofrer punição a não ser pela autoridade competente e de acordo com a legislação vigente.

    Direito Político – referem-se à participação do cidadão no governo da sociedade e consistem no direito de fazer manifestações políticas, de se organizar em partidos, sindicatos, movimentos sociais, associações, de votar e ser votado.  
 Ø  Direito Social – dizem respeito ao atendimento das necessidades básicas do ser humano, como alimentação, habitação, saúde, educação, trabalho, salário justo, aposentadoria etc.

Ø  Direito Humano – englobam todos os demais e expandem a dimensão dos direitos para uma perspectiva mais ampla, pois tratam dos direitos fundamentais da pessoa humana. Sem eles, o individuo não consegue existir ou não é capaz de se desenvolver, de participar plenamente da vida. São eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade de direitos e oportunidades e o direito de ser reconhecido e tratado como pessoa, independentemente de sua nacionalidade, gênero, idade, origem social, cor da pele, etnia, faculdades físicas ou mentais, antecedentes criminais, doenças ou qualquer outra característica.


Ø  CIDADANIA E LEGISLAÇÃO

Constituição da Republica Federativa de 1988, Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, Declaração dos Direitos Humanos, Estatuto da Igualdade Racial, Lei Maria da Penha, CDC – Código de Defesa do Consumidor, LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação, Código Civil, Código de Ética, Direito Civil, Código Penal, Lei Orgânica, Estatuto do Idoso, Regimento, Norma, Licitação, Liminar, Mandato de Segurança, Lei, Regra, Moral, Ética, Emendas, Lei Complementar, Projeto de Lei, Resoluções. 

Sociedade – Corpo orgânico estruturado em todos os níveis da vida social, com base na reunião de indivíduos que vivem sob determinado sistema econômico de produção, distribuição e consumo, sob um dado regime político e obedientes a normas, leis e instituições necessárias à reprodução da sociedade como um todo. Coletividade. Corpo orgânico, reunião de indivíduos, que vivem num mesmo regime político e econômico (produção, distribuição e consumo), em todos os níveis da vida social, obedientes à normas, leis e instituições necessárias à reprodução da sociedade como um todo. Sociedade vem a ser, então, toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando determinado fim e regulado por um conjunto de normas.
O conceito de Estado: “Uma instituição organizada política, social e juridicamente, ocupa um território definido e, na maioria das vezes, sua lei maior é uma Constituição. É dirigido por um governo soberano, reconhecido interna e externamente, sendo responsável pela organização e pelo controle social, pois detém o monopólio legítimo do uso da força e da coerção”. (De Cicco e Gonzaga)


Fontes:  

1. Wikipédia - Conceitos Sociológicos 
Pérsio Santos - Introdução à Sociologia 
Currículo do Estado de São Paulo - Caderno do Professor 1 - 4b (1-3/Série)


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